Pois é, as aulas da faculdade terminaram. Finalmente!
Parece que ainda ontem entrei no 1º ano, hoje já estou a dar fim ao 2º e,se eu quiser, amanhã estarei a terminar o 5º.
Agora, estou aqui precisamente para vos dizer que, com muita pena minha, muito pouco irei escrever nos próximos tempos. Este blog vai estar "de férias" enquanto estudo, desesperadamente, para os exames que se aproximam.
A escrita, não tenham dúvidas, é algo que me dá imenso prazer. Mas por vezes temos de abdicar de uma grande satisfação em prol de outros objectivos.
E eu até poderia ser uma "mulher com sorte", mas sou apenas mais uma que se empenha para conseguir o que pretende. Tal como todos os seres humanos que desejam conseguir o que pretendem.
E um dia alguém vai dizer " tu tens cá uma sorte", e eu vou responder que a sorte é feita de sonhos que se transformam em fins que qualquer um torna capaz de alcançar. Se quiser. E querer é lutar por eles, mesmo quando se poderia estar a fazer qualquer outra coisa em vez disso.
Prometo voltar em breve com novas palavras, diferentes histórias e uma mesma motivação.
Porque é que hás-de ser merecedor de um lugar importante neste mundo de gente normal?
Talvez já tenhas sofrido muito, pois. Talvez vários gostem de ti, quem sabe. Talvez faças o bem repetidas vezes, compreendo.
Na verdade, não compreendo nada.
Aqui ninguém é diferente.
Não há destinos à espera de determinar finais felizes.
Somos iguais quando nascemos, e vivemos todos para o mesmo. E o mesmo é conquistar o que se quer, perdendo tantas vezes quantas forem necessárias para que o ganhar aconteça.
As grandes pessoas fazem-se, constroem-se ao tamanho dos sonhos que têm. E há muitos merecedores por aí, corre atrás e merece com eles.
Olhar para esta imagem causa em mim algo tão forte, que se torna impossível encontrar a melhor palavra para descrevê-la. E eu queria dizer tanto sobre ela.
Mas não consigo.
Sinto demais, sinto-a demais.
Ilusão, frustração, desespero . E amor.
Até onde pode levar a ânsia de uma perfeição inalcançável?
A impossibilidade de atingi-la. A angústia de compreender isso e, mesmo assim, não conseguir parar de a desejar.
E amor, de um homem, por uma mulher que deixou, há muito, de saber o que é amar alguém.
A necessidade de uma campanha para obter recursos suficientes para tratar-se é, no mínimo, triste.
Um único hospital especializado nos Estados Unidos? Recusam aceitá-la como paciente porque não cumpre a exigência mínima de peso ou estão sem conhecimentos e meios que possam salvá-la?
“Quem não tem condições de ajudar financeiramente, por favor, nos mantenha em suas orações.” São palavras dela.
E eu não vou rezar. Mas não imaginas o quanto espero pela notícia da tua conquista.
Pedir ajuda é um grande passo, o primeiro, de uma luta interminável.
A autora do blog “Camellia” nomeou-me, há séculos, para este desafio. Apesar da demora, é com um enorme prazer que o aceito e respondo a estas perguntas.
Obrigado.
Vamos a isso!
Objectivo do jogo
- Responder às perguntas colocadas
- "Criticar" o blog que te nomeou;
- Nomear, no mínimo , um blog que sigas a responder às perguntas;
- criar uma pergunta facultativa (pergunta n°5) que queiras saber sobre aquele(s) blog(s) em especial (não pode ser a mesma pergunta do blog que te nomeou).
Porque é que criaste o blog?
Gosto de escrever, e há tanta gente por aí a gostar de ler, isso devia ser suficiente. Mas não foi.
“A mulher com Sorte” surgiu numa fase em que precisava, urgentemente, de uma motivação para continuar, conseguir dar algum sentido ao que era e ao que fazia.E porque não criar um blog? Já tinha pensado nisso antes, mas foi necessário uma experiencia marcante para ganhar coragem. Finalmente!
Foi um pedido de ajuda, a vocês. E conseguiram, e conseguem, ajudar-me.
O que é que te inspira?
As experiencias, as vivências. As minhas e as dos outros, as minhas e as vossas.
Escrevo sobre nós, que somos tão diferentes e, ao mesmo tempo, tão iguais.
Facilita-me o facto de atribuir um grande significado aos acontecimentos, por mais simples que possam parecer.
Pessoas importantes para ti que sabem do blog?
Começou por ser anónimo, agora toda a gente sabe. Importantes, e não importantes. E, quando escrevo, escrevo para todos.
Não faço palavras para um qualquer, mas qualquer um pode lê-las. E fico muito feliz quando percebo os muitos que conseguem encontrar sentido nelas.
Já tiveste algum comentário menos bom/feedback negativo?
Sim, vários! Curiosamente, todos no mesmo post.
Então não é que me lembrei de dizer que concordava com a política dos sacos de papel?
De facto, quando se trata de falar política estou melhor calada.
Calma, minha gente.
Quais os temas que gostariam de abordar no vosso blog com mais frequência?
Sinceramente, o que faço já me faz sentido . Embora desejasse ter mais tempo para postar... fazer publicações maiores, inventar histórias, explorar situações.
Criticas ao blog “Camellia”:
A ela, que escreve, que dá dicas óptimas de saúde e beleza, que relata situações/ temas interessantes do dia-a-dia, só lhe posso pedir que continue. Até que lhe faça sentido continuar.
Não lhe vou dizer que gosto mais “disto” ou “daquilo”, (se bem que os truques que dá a conhecer me valham pela vida), porque o blog é algo que lhe pertence. E a dedicação que lhe tem, certamente, permite que tenha sucesso e que cada vez mais pessoas queiram lê-lo.
A minha pergunta é...o que é que vos leva a "perder tempo" com o blog e não com outra coisa qualquer ? (nº5)
Vá lá, não te escondas. O que há de ridículo em ser tu?
É mais vergonhoso ser o que não és, só porque achas que deves mostrar o que está certo, que fazes o bem, que és verdadeiro e igual a todos os outros. O que há de verdadeiro em não ser tu?
Segue a tua vontade. Pensa o que te apetece, abraça o que desejas, faz o que pretendes, e arrisca. Mesmo que isso implique pensar, abraçar ,pretender, e arriscar a coisa mais incoerente deste mundo.
Escolhe ser feliz. Escolhe ser tu próprio.
Haverá maior absurdo do que ser algo para além disso?
O futuro é o tempo ideal para realizar um sonho, e o amanhã é sempre melhor. Porque não é hoje.
E assim que for hoje, amanhã é que é.
Somos todos o mesmo, e o mesmo é cobardia.
Não esperes pelo que podes fazer depois, no dia seguinte, na próxima semana ou daqui a uns anos, começa agora. Já.
O amanhã há-de chegar sempre, mas tu não estarás sempre para o ver chegar. E mesmo que queiras, não podes conhecer o momento em que já não irás poder querer nada.
Não esperes. Ninguém sabe quando é demasiado tarde.
Se esperas quem te faça feliz, espera por alguém que seja feliz acima de tudo. E aqueles que o são, garanto-te, falham vezes sem conta.
E admitem isso, da mesma forma que tu terás de admitir.
Errar faz parte do amor, faz parte de tudo, e amar é isso mesmo.
E aceitas, e aceitam-se.
Por vezes a vida só tem sentido ao lado de certas pessoas, ou das pessoas certas.
Não existem pessoas certas, mas ainda há quem acredite nisso. E para esses, coitados, a vida nunca vai ter sentido nenhum.
Eu já desejei ser a certeza na vida de alguém, tentei não desiludir. Alguém que eu própria tivesse a certeza que não me iria desapontar também. E não consegui, não conseguimos. Desiludimos os dois.
Eu já desejei ser o que os outros queriam que eu fosse, ou pelo menos aquilo que eu achava que eles queriam que eu fosse. E não fui capaz, não fui. Acabei por desistir.
Eu já exigi demasiado de mim, e pedi aos" meus" que exigissem demasiado deles também. E eu consegui, mas eles não, então afastamo-nos .
Eu já quis ser perfeita, tentei não falhar, e falhei. Julgava que não falhava, e falhei. Finalmente.
Errar foi, seguramente, do mais certo que fiz até hoje.
Talvez o certo seja mesmo isso, o errado.
Tudo o que é perfeito, sem erros ou falhas, não pode pertencer a este mundo. Não pode!
E no dia em que isso for possível eu já não faço parte dele, e vocês também não.
Até quando vais continuar a evitar “isto” ou “aquilo” por acreditar que estás a proteger-te?
Tens medo. Ás vezes as coisas podem resultar de forma diferente do que estás à espera, e não arriscas. Outras, pelo contrário, não ficas à espera de nada pelo medo que as coisas corram de maneira diferente. E não arriscas também.
Não arriscas, simplesmente.
Não falas, por medo. Não vais, por medo. Não amas, por medo. Não sentes, por medo. Não vives, por medo.
Não vives, por medo.
E esta não será, afinal, a mais terrível das consequências ?
Alguma vez te perguntaste se és capaz de viver contigo mesmo? Sim, a teu lado, sem mais ninguém à tua volta a dizer que és bom, que vales a pena ou que mereces ser feliz.
Eu sei, sei bem, o quão difícil é confrontar isto.
"Isto" a pergunta, porque "isto" a resposta é simples. Por vezes as perguntas são mais difíceis do que as respostas, sobretudo aquelas que nos consciencializam, que nos permitem ver a realidade.
" O mundo está perdido", oiço eu tantas vezes dizer.
Não, não está. As pessoas é que estão perdidas, e não só de pessoas se faz o mundo.
O que é que esperas do amor?
O que é que te faz tremer o corpo quando pensas que a pessoa que tens a teu lado pode vir, um dia, a abandonar-te?
Como é que podes julgar-te feliz, se quando eu digo que tudo pode acabar começas, instantaneamente, a tentar encontrar o sentido da tua vida?
Deixa ver se eu compreendi. Se o teu "mais-que-tudo" te disser que és, ou te fizer parecer, "menos-que-nada" é nisso que vais acreditar. Não é?
E depois, o teu mundo desaba e o teu grande objectivo de vida passa a ser encontrar outra pessoa.
Acho que já compreendi, mas receio que tu não.
Estás a ver um alcoólico sem álcool ou um toxicodependente sem droga?
É isso.
Tu não amas, dependes. E são muitos, quase todos, os que se submetem a isso tal como tu.
E raios partam o amor que agora dura tão pouco, e raios partam o vicio que cada vez é maior!
Queres um conselho?
Se desejas uma pessoa, única e especial, que te valorize, que te compreenda, que te surpreenda quantas vezes quiseres, aprende a ser feliz contigo, por ti, talvez tu sejas o alguém por quem procuras há muito.
Por vezes, a escolha de um objectivo revela-se mais difícil do que propriamente a luta para que ele se concretize.
Não é que alcançá-lo não exija esforço, dedicação, da tua parte. Mas, se estiveres certo da importância que isso tem para ti ,acaba por ser como tudo: Queres, empenhas-te e consegues.
O problema é quando o querer é incerto, e muitas vezes é. E escolhes mal, e arrependes-te.
Talvez imagines desmedidamente o que desejas para a tua vida, talvez penses demais, e quando te dás conta já perdeste a oportunidade de viver pelo tempo que dedicaste a considerar se devias ter vivido.
Talvez a melhor decisão da tua vida venha a ser a menos deliberada.