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Uma mulher com sorte.

"Não subestimes as capacidades de um Destino irónico..."

Uma mulher com sorte.

"Não subestimes as capacidades de um Destino irónico..."

Sobre a perfeição e felicidade.

por Inês, em 22.09.15

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Por ter noção do impacto que certos programas televisivos, ou as ideias que eles transmitem, têm na vida de pessoas mais vulneráveis, desta vez, decidi falar. Porque até o ser mais forte acaba por enfraquecer em algum momento da sua vida, e porque até os que parecem ser melhores a ficar quietos e calados um dia terão de começar a agir para atingir os seus objectivos.

Não sei porquê, mas ainda fico surpreendida com o facto de tantos acreditarem que ser feliz passa pelo corpo perfeito.

Corpo perfeito.

Engraçado que falo dele sem sequer saber do que falo, e não gosto de falar do que não sei. Aqui e ali, todos desejam o mesmo. Sem saber mesmo o que desejam...

O corpo perfeito não existe, o que existem são pessoas com mais ou menos confiança em corpos defeituosos.

“Quanto tiver o peso certo vou poder ser quem quero.”, “É horrível sentir-me inferior aos outros porque sou mais gordo do que eles.”, “Vou ser feliz quanto atingir o peso que quero.”

M-E-N-T-I-R-A!

Tu serás feliz quando o fores, independentemente de tudo. Tudo, a tua imagem, o teu passado miserável, os teus medos, os obstáculos do dia-a-dia, as más experiências e as más vivências. Para seres feliz basta-te sê-lo. É assim tão difícil compreender isto?

Atenção, não estou a valorizar a obesidade. Com ela, existe a diabetes, a hipertensão, os problemas cardiovasculares, entre muitos outros. Mas, sinceramente, não me parece ser com isto que se preocupamos. Sim, porque os magros também podem ter diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares. Ou não?

Há uma aparência, um aspecto, uma imagem a manter. Para os outros admirarem, para que gostem de nós da forma que nós próprios somos incapazes de gostar. E o problema está aí. Aliás, os problemas. Sim, porque tão grave é a impossibilidade de alcançares a imagem que tanto procuras, e mesmo assim continuares a tua busca, quanto o facto de seres incapaz de te valorizar a ti mesmo. Sozinho, sem que mais ninguém te diga que és bom ou bonito.

Crescemos a admirar pessoas, incontestavelmente, perfeitas. Para além de altas e elegantes, apresentam um rosto fantástico, surpreendentemente, sempre acompanhado de um enorme sorriso. Para além de irradiarem alegria e bem-estar, estas pessoas causam inveja. Levam-nos a acreditar que só assim, sendo-se belo, magnífico, vamos conseguir ser felizes. E nós acreditamos, acreditamos mesmo. Corremos para os cremes, os anti-celuliticos, os sumos light e os cereais integrais saudáveis. Já para não falar daqueles comprimidos extraordinários que nos fazem perder 5 kg em apenas uma semana, sem qualquer esforço, que nos permitem comer tudo quanto nos apetece e a única coisa que precisamos é dormir e esperar até ao dia seguinte.

Não é?

E nós acreditamos.

Pessoal, por favor, convençam-se, de uma vez por todas. Ser saudável não passa por ser magro. E ser magro não significa ser feliz.

Tenho dito.

Ele, o passado.

por Inês, em 20.09.15

 

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Tentei fugir, mas alcançou-me com uma rapidez tal que me fez esquecer o motivo de não querer que me acompanhasse. 

Seria absurdo, porque ele faz parte de mim. E digam lá se não é absurdo tentar fugir do que faz parte de nós? 

Ás vezes podes escapar ao que pensas que te pertence, porque te faz mal e, por isso, foges. Mas, garanto-te, se consegues escapar e, ainda por cima, viver bem sem isso, então é porque isso nunca foi realmente teu. E tantas são as coisas que passam pela tua vida apenas para que aprendas algo com elas, e depois vão embora, tão rápido quanto chegaram, e tu aprendes. 

Outras, pelo contrário, ficam contigo durante tanto tempo que quase te esqueces que ainda aí estão. Aí, a teu lado, bem perto, a mostrar-te, uma e outra vez, que ainda não te mostraram nada. E tudo o que experiencias se revela insuficiente para que compreendas, de facto, por que raio é que continuam a permanecer na tua vida.

Chorei, implorei, desesperei. Fiz para que desaparecesse, mas ele voltava sempre. 

Então desisti. Parei de insistir quando ganhei a certeza que não podia mais lutar contra a sua presença. Ele era demasiado forte, invencível. E quem me conhece sabe que eu só paro de insistir quando há uma razão muito forte, invencível. 

Agarrei-me ao que tinha, e o que tinha passava, em grande parte, por ele. Deixou de me incomodar, aliás, neste momento, o que me incomoda é a possibilidade de não nos mantermos unidos. A possibilidade de não podermos mudar o mundo juntos.

Isso é que me incomoda. 

 

...

por Inês, em 10.09.15

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 Quando tentas escapar ao que te faz mal acabas a fazer-te mal na mesma. Porque pior do que uma vida sem risco é uma vida com medo de arriscar.

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